f:Thiago Bastos Live

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Deu-se em 24 de fevereiro de 1920 a primeira manifestação pública, em massa, de nosso novo
movimento. No salão de festas da Hofbräuhaus, de Munique, perante uma multidão de quase duas
mil  pessoas,  foram  apresentadas  e  jubilosamente  aprovadas,  ponto  por  ponto,  as  vinte  e  cinco
teses  do  programa  do  novo  Partido.
    Foram,  nesse  momento,  lançadas  as  diretrizes  e  linhas  principais  de  uma  luta  cuja  finalidade
era varrer o monturo de idéias e pontos de vista gastos e de objetivos perniciosos. No putrefato e
acovardado mundo burguês. bem como no cortejo triunfal 4a onda marxista em movimento, devia
aparecer  uma  nova  força  para  deter,  à  última  hora,  o  carro  do  destino.
    É evidente que o novo movimento só poderia ter a devida importância, a força necessária para
essa  luta  gigantesca,  se  conseguisse  despertar,  no coração  de  seus  correligionários,  desde  os
primeiros dias, a convicção religiosa de que, para ele, a vida política deveria ser, não uma simples
senha  eleitoral,  mas  uma  nova  concepção  do  mundo  de  significação  doutrinária.
    Deve-se  ter  em  mente  a  maneira  lastimável  por  que  os  pontos  de  vista  dos  chamados
"programas  de  partido"  são  ordinariamente  consertados,  alindados  ou  remodelados  de  tempos  a
tempos.  Devem  ser  examinados  cuidadosamente  os  motivos  impulsores  das  "comissões  de
programa"  burguesas  para  aquilatar-se  devidamente  o  valor  de  tais  programas.
    É  sempre  uma  preocupação  única,  que  leva  a  uma  nova  exposição  de  programas  ou  à
modificação dos já existentes: a preocupação com o êxito nas futuras eleições. Logo que à cabeça
desses artistas do Estado parlamentar acode a idéia de que o povo pode revoltar-se e escapar dos
arreios do carro partidário, costumam eles pintar de novo os varais do veículo. Ei tão aparecem os
astrônomos e astrólogos do partido, os chamados "experientes" e "entendidos", na maioria velhos
parlamentares  que,  pelo  seu  largo  "tirocínio",  podem  recordar-se  de  casos  análogos  em  que  as
massas  perdiam  toda  a  paciência  e  se  tornavam  ameaçadoras.  E  recorrem,  então,  às  velhas
receitas, formam uma "comissão", apalpam o sentimento popular, farejam a opinião da imprensa e
sondam lentamente o que poderia desejar o amado povo, o que lhe desagrada, o que ele almeja.
Todos  os  grupos  profissionais,  todas  as  classes  de empregados  são  acuradamente  estudados.
Pesquisam-se-lhes  os  mais  íntimos  desejos.  Então,  com  espanto  dos  que  os  descobriram  e  os
divulgaram,  costumam  reaparecer  subitamente,  os  mesmos  estribilhos  da  temível  oposição,  já
agora  inofensivos  e  como  que  fazendo  parte  do  patrimônio  do  velho  partido.
    Reúnem-se  as  comissões,  que  fazem  a  "revisão" do  velho  programa  e  elaboram  um  novo  no
qual se dá o seu a seu dono. Esses senhores mudam de convicções como o soldado no campo de
batalha  muda  de  camisa,  isto  é.  quando  a  antiga  está  imunda!  Por  esse  novo  programa,  o
camponês  recebe  proteção  para  a  sua  propriedade,  o industrial  para  as  suas  mercadorias,  o
consumidor  para  as  suas  compras,  aos  professores  elevam-se  os  vencimentos;  aos  funcionários
melhora-se a aposentadoria: das viúvas e órfãos cuidará o Estado com largueza; será incentivado
o  comércio;  as  tarifas  serão  reduzidas  e  os  impostos  serão  não  totalmente,  mas  quase  abolidos.
Por  vezes  sucede  que  uma  classe  fica  esquecida  ou  não  é  atendida  uma  reclamação  popular.
Nesse  caso,  acrescentam-se  a  toda  pressa  remendos, que  continuam  a  ser  feitos,  até  que  o
rebanho  dos  burgueses  comuns  e  mais  as  suas  esposas  se  tranqüilizem  e  fiquem,  inteiramente
satisfeitos.  Assim,  de  ânimo  armado  pela  confiança no  bom  Deus  e  na  inabalável  estupidez  dos
cidadãos  eleitores,  podem  começar  a  luta  pelo  que  chamam  a  "reforma",  do  Estado.
    Passa-se  o  dia  da  eleição.  Os  parlamentares  fizeram  a  última  assembléia  popular,  que  só  se
renovará  cinco  anos  mais  tarde;  e,  abandonando  a  domesticação  da  plebe,  entregam-se  ao
desempenho  de  suas  altas  e  agradáveis  funções.  Dissolve-se  a  comissão  do  programa"  e  a  luta
pela  reforma  das  instituições  reveste  de  novo  a  modalidade  da  luta  pelo  querido  pão.  nosso  de
cada  dia,  pela  "dieta",  como  dizem  os  deputados.  Todos  os  dias  se  dirigem  os  senhores
representantes do povo para a Câmara, se não para o interior da casa, ao menos para a ante-sala
onde  se  acham  as  listas  de  presença.  ,Em  fatigante serviço  pelo  povo,  eles  registam  lá  os  seus
nomes  e  aceitam,  como  bem  merecida  recompensa,  uma pequena  indenização  pelos  seus
extenuantes  esforços.
    Quatro  anos  depois,  ou  antes,  nas  semanas  críticas,  quando  começa  a  aproximar-se  a
dissolução das corporações parlamentares, apodera-se deles um impulso Irresistível. Como a larva
não  pode  fazer  outra  coisa  senão  transformar-se  em crisálida,  assim  as  lagartas  parlamentares
abandonam  o  casulo  comum  e  voam  para  o  amado  povo. Tornam  a  falar  aos  seus  eleitores,
contam  o  enorme  trabalho  que  fizeram  e  a  malévola  obstinação  dos  outros;  mas  as  massas
ignaras,  em  vez  de  agradecido  aplauso,  lançam-lhes  em  rosto,  por  vezes,  expressões  ásperas,
cheias de ódio. Se essa ingratidão popular sobe até um certo ponto, só um remédio pode servir: é
preciso restaurar o esplendor do partido, o programa necessita ser melhorado, renasce para a vida
a "comissão" e recomeça-se a burla. Dada a estupidez granítica dos homens do nosso tempo, não
é  de  admirar  o  êxito  desse  processo.  Guiado  pela  sua  imprensa  e  deslumbrado  com  o  novo  e
sedutor  programa,  o  gado  "burguês"  e  "proletário"  torna  a  voltar  ao  estábulo  e  de  novo  elege  os
seus  velhos  impostores.
    Assim,  o  homem  do  povo,  o  candidato  das  classes  produtoras,  transforma-se  em  lagarta
parlamentar, que se ceva na vida do Estado, para, quatro anos depois, de novo se transmudar em
brilhante  borboleta.
    Nada  mais  deprimente  que  observar  a  nua  realidade  desse  estado  I  de  coisas,  que  ter  de  ver
repetir-se  essa  eterna  impostura.
    Certamente,  dessa  base  espiritual  do  mundo  burguês  não  é  possível  haurir  elementos  para  a
luta  contra  a  força  organizada  do  marxismo.
    E  nisso  não  pensam  nunca  seriamente  os  senhores  parlamentares.  Devido  à  reconhecida
estreiteza e Inferioridade mental desses médicos parlamentares da raça branca, eles próprios não
conseguem imaginar seriamente como uma democracia ocidental possa arrostar com uma doutrina
para a qual a democracia e tudo que lhe diz respeito é, no melhor dos casos, um meio para chegar
a um determinado fim; um meio que se emprega para anular a ação do adversário e facilitar a sua
própria.  E  se  uma  parte  do  marxismo,  por  vezes,  tenta,  com  muita  prudência,  aparentar
indissolúvel  união  com  os  princípios  democráticos, convém  não  esquecer,  que  esses  senhores,
nas  horas  críticas,  não  deram  a  menor  importância  a  uma  decisão  por  maioria,  à  maneira
democrática  ocidental!  Isso  foi  quando  os  parlamentares  burgueses  viam  a  segurança  do  Reich
garantida  pela  monumental  parvoíce  de  uma  grande  maioria,  enquanto  o  marxismo,  com  uma
multidão  de  vagabundos,  desertores,  pulhas  partidários  e  literatos  judeus,  em  pouco  tempo,
arrebatava  o  poder  para  si,  aplicando,  assim,  ruidosa  bofetada  à  democracia.  Por  isso,  só  ao
espírito crédulo dos magros parlamentares da burguesia democrática cabe supor que, agora ou no
futuro, os interessados pela universal peste marxística e seus defensores possam ser banidos com
as  fórmulas  de  exorcismo  do  parlamentarismo  ocidental.
    O marxismo marchará com a democracia até que consiga, por via indireta, os seus criminosos
fins, até obter apoio do espírito nacional por ele condenado à extirpação. Que ele se convencesse
hoje  de  que  o  caldeirão  de  feiticeira,  que  é  a  nossa  democracia  parlamentar,  poderia
repentinamente  fermentar  uma  maioria  que  -  mesmo  que  fosse  na  base  de  sua  legislação
justificada  pelo  maior  número  -  enfrentasse  seriamente  o  marxismo  -  e  estaria  extinta  a  ilusão
parlamentar,  Então  os  porta-bandeiras  da  Internacional  vermelha,  em  lugar  de  um  apelo  à
consciência democrática, dirigiram uma incendiária proclamação às massas proletárias e a luta se
transplantaria imediatamente do ar viciado das salas de sessões dos nossos parlamentos para as
fábricas e para as ruas. A democracia ficaria logo liquidada; e o que não conseguiria a habilidade
intelectual  dos  apóstolos  do  povo,  conseguiriam,  com  a  rapidez  do  relâmpago, tal qual aconteceu
no  outono  de  1918,  a  alavanca  e  o  malho  das  excitadas  massas  proletárias.  Isso  ensinaria
eloqüentemente ao mundo burguês quanto ele é insensato em imaginar que, com os recursos da
democracia  ocidental,  é  possível  resistir  à  conquista  judaica  do  mundo.
    Como já dissemos, só um espírito crédulo pode aceitar regras de jogo com um parceiro para o
qual  elas  só  vigoram  para  "bluff"  ou  quando  lhe  são  úteis  e  que  as  despreza logo que deixem de
ser-lhe  vantajosas.
    Como  em  todos  os  partidos  da  chamada  classe  burguesa,  toda  luta  política  na  realidade
consiste  na  disputa  de  cadeiras  individuais  no  parlamento,  luta  em  que,  de  acordo  com  as
conveniências,  posições e princípios são atirados fora, como lastros de areia, da mesma maneira
que  os  seus  programas  são  alterados  em  todos  os  sentidos.  E  por  essa  bitola  são  avaliadas  as
suas  forças.  Falta-lhes  aquela  forte  atração  magnética,  que  sempre  seguem  as  massas,  sob  a
impressão  incoercível  dos  altos,  dominadores  pontos  de  vista  e  da  força  convincente  da  fé
inabalável,  dobrada  pelo  espírito  combativo  que  a  sustenta.
    Mas,  numa  época  em  que  uma  parte,  aparelhada  com  todas  as  armas  de  uma  nova  doutrina,
embora  mil  vozes  criminosa,  se  prepara  para  o  ataque  a  uma  ordem  existente,  a  outra  parte  só
pode  resistir-lhe  sempre  se  adotar  fórmulas  de  uma nova  fé  política;  em  nosso  caso,  se  trocar  a
senha  de  uma  defesa  fraca  e  covarde  pelo  grito  de  guerra  de  um  ataque  animoso  e  brutal,  Por
isso,  se  hoje  os  chamados  ministros  nacionais-burgueses,  até  mesmo  do  centro  bávaro,  fazem  a
espirituosa censura de que o nosso movimento trabalha por uma "revolução", só uma resposta se
pode  dar  a  esses  políticos  liliputianos:  Sim,  tentamos  recuperar  o  que  perdestes  com  a  vossa
criminosa  estupidez.  Com  os  princípios  do  vosso  avacalhado  parlamentarismo,  cooperastes  para
que  a  nação  fosse  arrastada  ao  abismo;  nós,  porém, mesmo  de  forma  agressiva,  lançando  uma
nova  concepção  do  mundo  e  defendendo-lhe  os  princípios  de  maneira  fanática  e  inexorável,
prepararemos  os  degraus  pelos  quais  um  dia  o  nosso povo  poderá  subir  de  novo  ao  templo  da
liberdade.
    Assim, ao tempo da fundação do novo movimento, os nossos primeiros cuidados deveriam ser
sempre  no  sentido  de  impedir  que  o  exército  dos  nossos  combatentes  por  uma  nova  e  elevada
convicção  se  tornasse  uma  simples  liga  para  a  proteção  de  interesses  parlamentares.
    A  primeira  medida  preventiva  foi  a  elaboração  de  um  programa  que  conduzisse
convenientemente  a  um  desenvolvimento  que,  pela  sua  grandeza  Intima,  fosse  apropriado  a
afugentar  os  espíritos  pequeninos  e  fracos  de  nossa  atual  política  partidária.
    Quanto  era  certo  o  nosso  conceito  da  necessidade  de  um  programa  de  pontos  de  mira
definidos,  provou  claramente  o  fatal  enfraquecimento  que  levou  a  Alemanha  à  ruína.
    Desse  conhecimento  devem  sair  novas  fórmulas  do  conceito  de  Estado,  que  sejam  parte
essencial  de  uma  nova  concepção  do  mundo.
    Já no primeiro volume desta obra analisei a palavra "popular" (volkisch), pois constatei que esse
termo  parece  pouco  preciso  para  permitir  a  formação  de  uma  definida  comunidade  de
combatentes. Tudo o que é possível imaginar, embora sejam coisas completamente distintas, corre
sob  a  capa  de  "popular".  Por  isso,  antes  de  passar à  missão  e  objetivos  do  Partido  Alemão
Nacional  Socialista  dos  Trabalhadores,  devo  determinar  o  conceito  de  "popular"  e  suas  relações
com  o  movimento  partidário.
    O  conceito  "popular"  parece  tão  mal  delimitado,  tão  mal  explicado,  e  tão  Ilimitado  no  seu
emprego  quanto  a  palavra  "religioso".  Deveras  difícil  é  compreender-se  por  essa  palavra  alguma
coisa  exata,  quer  quanto  à  percepção  do  pensamento,  quer  quanto  à  realização  prática.  O  termo
"religioso" só é fácil de perceber no momento em que aparece ligado a uma forma determinada e
delimitada  de  realização.  É  uma  bela  e  fácil  explicação  qualificar  um  homem  de  "profundamente
religioso".  Haverá,  decerto,  algumas  raras  pessoas  que  se  sintam  satisfeitas  com  uma  tal
denominação geral, porque tais pessoas podem perceber uma imagem mais ou menos viva desse
estado de espírito. Mas, para as grandes massas, que não são constituídas nem de santos nem de
filósofos, tal idéia geral religiosa apenas significaria para eles, na maioria dos casos, a tradução de
seu  modo  individual  de  pensar  e  de  agir,  sem  entretanto,  conduzir  àquela  eficiência  que
imediatamente desperta a intima ânsia religiosa pela formação, no ilimitado mundo mental, de uma
fé definida. De certo, não é esse o fim em si, mas apenas um meio para o fim; todavia, é um meio
absolutamente inevitável para que afinal se possa alcançar o fim. E esse fim não é simplesmente
ideal, mas, em última análise, essencialmente prático. Como cada um de nós pode capacitar-se de
que os mais elevados ideais sempre correspondem a uma profunda necessidade da vida, assim a
sublimidade  da  beleza  está,  em  derradeira  instância,  na  sua  utilidade  lógica.
    A fé, auxiliando o homem a elevar-se acima do nível da vida vulgar, contribui em verdade para a
firmeza  e  segurança  de  sua  existência.  Tome-se  à  humanidade  contemporânea  a  sua  educação
apoiada  nos  princípios  da  fé  e  da  religião,  na  sua significação  prática,  quando  à  moral  e  aos
costumes,  eliminando-a  sem  substitui-la  por  outra  educação  de  igual  valor,  e  ter-se-á  em
conseqüência  um  grave  abalo  nos  fundamentos  da  existência  humana.  E  deve  ter-se  em  mente
que não é só o homem que vive para servir os altos Ideais, mas que também, ao contrário, esses
altos  Ideais  pressupõem  a  existência  do  homem.  E  assim  se  fecha  o  circulo.
    A  denominação  "religioso"  implica,  naturalmente,  pensamentos  doutrinários  ou  convicções,
como,  por  exemplo,  a  indestrutibilidade  da  alma,  a sua  vida  Imortal,  a  existência  de  um  ser
supremo,  etc.  Mas  todos  esses  pensamentos,  ainda  que  para  o  indivíduo  sejam  muito
convincentes,  sofrem  o  exame  critico  Individual  e  com  isso  a  hesitação  que  afirma  ou  nega,  até
que ele aceite, não a noção sentimental ou o conhecimento, mas a legítima força da fé apodítica.
Esse  é  o  principal  fator  da  luta  que  abre  brecha  no  reconhecimento  das  concepções  religiosas.
Sem a clara delimitação da fé, a religiosidade, na sua obscura polimorfia não só seria inútil para a
vida  humana,  mas  provavelmente  contribuiria  para  a  confusão  geral.
    O  mesmo  que  acontece  com  o  conceito  "religioso"  se  dá  com  o  termo  "popular".  Nele  se
subentendem também noções doutrinárias. Estas são, todavia, bem que da mais alta significação
pela forma, determinadas com tão pouca clareza, que só tomam o valor de uma opinião a ser mais
ou  menos  reconhecida  quando  postas  no  quadro  de  um partido  político.  Porque  a  realização  dos
ideais  de  uma  concepção  do  mundo  e  das  exigência.  dela  decorrentes  resulta  tão  pouco  do
sentimento  puro  e  da  vontade  interior  do  homem,  em si,  como,  porventura,  a  conquista  da
liberdade  do  natural  anseio  por  ela.  Não,  só  quando  o  impulso  ideal  para  a  independência  sob  a
forma  de  força  militar  recebe  organização  combativa  -  pode  o  ardente  desejo  de  um  povo
converter-se  em  realidade.
    Cada concepção do mundo, por mais justa e de mais alta utilidade que seja para a humanidade,
ficará  sem  significação  para  o  aperfeiçoamento  prático  da  vida  de  uma  população,  enquanto  não
se tornem os seus princípios o estandarte de um movimento de luta, que, por sua vez, se converte
em  um  partido;  enquanto  não  tiver  transformado  as  suas  idéias  em  vitória  e  os  seus  dogmas
partidários  não  formarem  as  novas  leis  fundamentais  do  Estado.
    Mas  se  uma  representação  mental  de  um  modo  geral  deve  servir  de  base  a  um  futuro
desenvolvimento,  nesse  caso  a  primeira  condição  é  a  absoluta  clareza  do  caráter,  natureza  e
amplitude dessa representação, pois só sobre esses alicerces é possível organizar um movimento
que, pela intrínseca homogeneidade de suas convicções, possa desenvolver as necessárias forças
para  a  luta.  Um  programa  político  deve  ser  caracterizado  por  Idéias  gerais  e  por  uma  definida  fé
política em uma doutrina universal. Esta, visto que o seu objetivo deve ser praticamente realizável,
deverá  servir  não  só  à  idéia  em  si,  mas  também  tomar  em  consideração  os  elementos  de  luta
existentes  e  a  serem  empregados  para  a  consecução  da  vitória  dessa  Idéia.  A  uma  idéia
mentalmente  correta  que  o  autor  do  programa  tenha  de  anunciar,  deve  associar-se  o
conhecimento  prático  do  homem  político.  Assim,  um  eterno  ideal  deve  contentar-se,  infelizmente,
com  ser  a  estréia  guia  da  humanidade,  tendo  em  consideração  as  fraquezas  humanas,  para  não
naufragar  desde  o  Inicio  ante  a  geral  deficiência  do  homem.  Ao  investigador  da  verdade  deve
associar-se  o  investigador  da  psicologia  popular,  para,  do  reino  do  eterno  verdadeiro  e  do  ideal,
retirar  o  que  é  humanamente  possível  para  os  pobres  mortais.
    A  conversão  da  representação  ideal  de  uma  concepção  do  mundo  da  máxima  veracidade  em
uma  fé  política  e  em  uma  organização  combativa  definida  e  centralizada,  pelo  espírito  e  pela
vontade  é  o  serviço  mais  Importante,  pois  do  feliz  resultado  desse  trabalho  dependem
exclusivamente  as  possibilidades  de  vitória  de  uma idéia.  Preciso  é,  pois,  que  do  exército,  por
vezes de milhões de homens, dos quais cada um pressente ou mesmo compreende de modo mais
ou menos claro essa verdade, seria alguém que, com força apodítica, forme, das idéias vacilantes
das massas, princípios graníficos e empreenda o combate em defesa deles, até que do jogo livre
das  ondas  do  mundo  mental  se  erga  o  rochedo  da  aliança  da  fé  e  da  vontade.
    Tentando extrair a significação profunda da palavra "popular", chegamos à conclusão seguinte:
    A nossa concepção política usual repousa geralmente sobre a idéia de que ao Estado, em si, se
pode atribuir força criadora e cultural, mas que ele nada tem a ver com a questão racial; e que ele
é,  antes  de  mais  nada,  um  produto  das  necessidades econômicas  ou,  no  melhor  dos  casos,  a
resultante natural da competição política pelo poder. Essa concepção fundamental, em seu lógico
e  conseqüente  desenvolvimento  progressivo,  leva  não  só  ao  desconhecimento  das  forças
primordiais  da  raça  como  à  desvalorização  do  indivíduo.  Porque  a  negação  da  diferença entre as
raças, em relação à capacidade cultural de cada uma delas, implica necessariamente em transferir
esse grande erro para a apreciação do indivíduo. A aceitação da identidade das raças viria a ser o
fundamento  de  um  semelhante  modo  de  ver  em  relação  aos  povos  e  depois  em  relação  aos
homens  individualmente.  Por  isso,  o  marxismo  internacional  é  simplesmente  a  versão  aceita  pelo
judeu  Karl  Marx  de  idéias  e  conceitos  já  há  muito  tempo  existentes  de  fato  sob  a  forma  de
aceitação de uma determinada fé política. Sem o alicerce de uma semelhante intoxicação geral já
existente, jamais teria sido possível o espantoso êxito político dessa doutrina. Entre os milhões de
indivíduos de um mundo que lentamente se corrompia, Karl Marx foi, de fato, um que reconheceu,
com  o  olho  seguro  de  um  profeta,  a  verdadeira  substância  tóxica  e  a  apanhou  para,  como  um
feiticeiro,  com  ela  aniquilar  rapidamente  a  vida  das  nações  livres  da  terra.  Tudo  isso,  porém,  a
serviço  de  sua  raça.
    A  doutrina  de  Marx  é  assim  o  extrato  espiritual  concentrado  das  doutrinas  universais  hoje
geralmente  aceitas.  E,  por  esse  motivo,  qualquer  luta  do  nosso  chamado  mundo  burguês  contra
ela  é  impossível,  até  ridícula,  pois  esse  mundo  burguês  está  inteiramente  impregnado  dessas
substancias  venenosas  e  admira  uma  concepção  do  mundo  que,  em  geral,  só  se  distingue  da
marxística  em  grau  e  pessoas,  o  mundo  burguês  é  marxístico,  mas  acredita  na  possibilidade  do
domínio  de  determinado  grupo  de  homens  (burguesia),  ao  passo  que  o  marxismo  procura
calculadamente  entregar  o  mundo  às  mãos  dos  judeus.
    Em  face  disso,  a  concepção  "racista"  distingue  a  humanidade  em  seus  primitivos  elementos
raciais,  Ela  vê,  no  Estado,  em  princípio,  apenas  um  meio  para  um  fim  e  concebe  como  fim  a
conservação  da  existência  racial  humana.  Consequentemente,  não  admite,  em  absoluto,  a
igualdade das raças, antes reconhece na sua diferença maior ou menor valor e, assim entendendo,
sente-se  no  dever  de,  conforme  à  eterna  vontade  que  governa  este  universo,  promover  a  vitória
dos melhores, dos mais fortes e exigir a subordinação dos piores, dos mais fracos. Admite, assim,
em  princípios,  o  pensamento  aristocrático  fundamental  da  Natureza  e  acredita  na  validade  dessa
lei, em ordem descendente, até o mais baixo dos seres. Vê não só os diferentes valores das raças,
mas  também  os  diferentes  valores  dos  indivíduos.  Das  massas  destaca  ela  a  significação  das
pessoas, mas, nisso, em face do marxismo desorganizador, age de maneira organizadora. Crê na
necessidade  de  uma  idealização  da  vida  humana,  pois  só  nela  vê  a  justificação  da  existência  da
humanidade.  Não  pode  aprovar,  porém,  a  idéia  ética do  direito  à  existência,  se  essa  idéia
representa um perigo para a vida racial dos portadores de uma ética superior pois, em um mundo
de mestiços e de negros, estariam para sempre perdidos todos os conceitos humanos do belo e do
sublime,  todas  as  idéias  de  um  futuro  ideal  da  humanidade.
    A  cultura  humana  e  a  civilização  nesta  parte  do  mundo  estão  inseparavelmente  ligadas  à
existência  dos  arianos.  A  sua  extinção  ou  decadência  faria  recair  sobre  o  globo  o  véu  escuro  de
uma  época  de  barbaria.
    A destruição da existência da cultura humana pelo aniquilamento de seus detentores é, porém,
aos olhos de uma concepção racista do mundo, o mais abominável dos crimes. Quem ousa pôr as
mãos  sobre  a  mais  elevada  semelhança  de  Deus  ofende  a  essa  maravilha  do  Criador  e  coopera
para  a  sua  expulsão  do  paraíso.
    Assim corresponde a concepção racista do mundo ao intimo desejo da Natureza, pois restitui o
jogo  livre  das  forças  que  encaminharão  a  uma  mais  alta  cultura  humana,  até  que,  enfim,
conquistada a terra, uma melhor humanidade possa livremente chegar a realizações em domínios
que  atualmente  se  acham  fora  e  acima  dela.
    Todos  pressentimos  que,  em  remoto  futuro,  surgirão  ao  homem  problemas  para  cuja  solução
deverá  ser  chamada  uma  raça  superior,  apoiada  nos  meios  e  possibilidades  de  todo  o-  globo
terrestre.
    Está  claro  que  a  constatação  geral  de  uma  concepção  racista  de  análogo  conteúdo  pode  dar
lugar  a  milhares  de  interpretações.  De  fato,  dificilmente  acharemos  uma,  para  a  nossa  nova
instituição  política,  que  não  se  refira  de  qualquer  modo  a  essa  concepção.  Ela  prova,  todavia,
exatamente pela sua própria existência em face de muitas outras, a diferença de suas concepções.
    Assim, à organização central da concepção marxística, opõe-se uma mixórdia de conceitos que,
idealmente,  à  vista  da  fechada  "frente"  inimiga,  é  pouco  impressionante.  Não  se  ganha  a  vitória
pelejando  com  armas  fracas!  Somente  opondo  à  concepção  internacional  -  politicamente  dirigida
pelo marxismo - uma concepção igualmente dotada de organização central e direção racista, será
possível,  com  igual  energia  combativa,  alcançar  o  sucesso  para  a  verdade  eterna.
    Mas  a  organização  de  uma  concepção  do  mundo  só  pode efetuar-se duradouramente sobre a
base  de  uma  fórmula  definida  e  clara.  Os  princípios  políticos  do  partido  em  formação  devem  ser
como  os  dogmas  para  a  Religião.